Aqui fica um pequeno contributo nosso para o debate...
1. Sou a 100% a favor da avaliação das actividades de qualquer profissional. Os professores não estão acima ou abaixo dos outros e como o dinheiro no Estado português não abunda, terá que ser gerido com parcimónia (logo acabaram-se as pseudoavaliações com subidas automáticas).
2. Qualquer modelo de avaliações é criticável na teoria e na prática e terá sempre fragilidades - basta ver o quanto se tem falado sobre o assunto nos últimos dias. Agora incluir no processo um grupo heterogéneo como são os Pais e Encarregados de Educação (EE), com fortes interesses no assunto e agora com a possibilidade real de tirar dividendos da sua intromissão, já me parece demais... Que os Pais e EE critiquem a Escola, os professores, os seus diversos funcionários, acho útil e importante, pois hoje raramente o fazem (uma elevada percentagem nunca vai à Escola e um significativo número nem sequer se dá ao trabalho de receber a correspondência ou atender os telefonemas da Escola...). Agora avaliarem aquilo que não conhecem directamente e do qual são parte interessada, é como juntar a fome com a vontade de comer...
3. Numa experiência prévia que tive, como docente do Ensino Superior (no ISLA de Leiria), em que os docentes eram avaliados de diversas formas, inclusive pelos alunos, consegui entender que as avaliações são úteis, importantes e produzem feedback significativo para toda uma Comunidade Escolar. Usar esses mesmos materiais na avaliação dos docentes, concordoem absoluto... Mas , se vierem de fora da Escola os Especialistas (desconfio que das Escolas Superiores de Educação e das Psicologias) para avaliar, então vamos entrar num beco sem saída, sobretudo se, com os especialistas, entrarem os senhores do partido (seja lá qual for o partido...) a dar uma mãozinha na avaliações. Esperem e verão...
4. A maneira como a senhora Ministra da Educação tem operacionalizado estas alterações ao Estatuto da Carreira Docente é uma vergonha. Acusar quem hierarquicamente está abaixo de si de todos os erros e problemas é meio caminho para deixar de ter gente interessada na mudança que tem de ser feita. Dizia-me um amigo, recentemente, que isto só lá ia com um Maio de 68 nas Escolas. Não concordo - as revoluções fazem perder valores que depois custam bastante a novamente implantar - veja-se o caso espanhol (continuidade na mudança) versus revolução portuguesa (25 de Abril de 74/ 11 de Março de 1975/Verão Quente de 75) e tudo o que se perdeu na Educação/Ensino. Mas que apetece, lá isso é verdade...
1. Sou a 100% a favor da avaliação das actividades de qualquer profissional. Os professores não estão acima ou abaixo dos outros e como o dinheiro no Estado português não abunda, terá que ser gerido com parcimónia (logo acabaram-se as pseudoavaliações com subidas automáticas).
2. Qualquer modelo de avaliações é criticável na teoria e na prática e terá sempre fragilidades - basta ver o quanto se tem falado sobre o assunto nos últimos dias. Agora incluir no processo um grupo heterogéneo como são os Pais e Encarregados de Educação (EE), com fortes interesses no assunto e agora com a possibilidade real de tirar dividendos da sua intromissão, já me parece demais... Que os Pais e EE critiquem a Escola, os professores, os seus diversos funcionários, acho útil e importante, pois hoje raramente o fazem (uma elevada percentagem nunca vai à Escola e um significativo número nem sequer se dá ao trabalho de receber a correspondência ou atender os telefonemas da Escola...). Agora avaliarem aquilo que não conhecem directamente e do qual são parte interessada, é como juntar a fome com a vontade de comer...
3. Numa experiência prévia que tive, como docente do Ensino Superior (no ISLA de Leiria), em que os docentes eram avaliados de diversas formas, inclusive pelos alunos, consegui entender que as avaliações são úteis, importantes e produzem feedback significativo para toda uma Comunidade Escolar. Usar esses mesmos materiais na avaliação dos docentes, concordo
4. A maneira como a senhora Ministra da Educação tem operacionalizado estas alterações ao Estatuto da Carreira Docente é uma vergonha. Acusar quem hierarquicamente está abaixo de si de todos os erros e problemas é meio caminho para deixar de ter gente interessada na mudança que tem de ser feita. Dizia-me um amigo, recentemente, que isto só lá ia com um Maio de 68 nas Escolas. Não concordo - as revoluções fazem perder valores que depois custam bastante a novamente implantar - veja-se o caso espanhol (continuidade na mudança) versus revolução portuguesa (25 de Abril de 74/ 11 de Março de 1975/Verão Quente de 75) e tudo o que se perdeu na Educação/Ensino. Mas que apetece, lá isso é verdade...
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