Do Blog A Educação do meu Umbigo, do Paulo Guinote, publicamos, com a devida vénia, o seguinte post, que tomámos a liberdade de roubar, ilustrado com mais um excelente cartoon do Antero:
Já agora dêem lá mais dois euros e comprem o Sol, ou então fiquem-se com os recortes que eu for fazendo e deixando no arquivo. Neste caso uma excelente crónica de Mário Ramires, que pode ser consultada integralmente aqui, mas da qual é impossível não extrair estes pedaços:
«Provavelmente nenhum aluno chumbou por faltas no último ano» disse a ministra em entrevista ao DN. Provavelmente? Como provavelmente? Então o Ministério da Educação, que divulga números exactos e se vangloria com eles, não sabe quantos alunos chumbaram por faltas no último ano?
(…)
Maria de Lurdes Rodrigues diz as coisas com ar tão determinado que não pode viver no mesmo mundo do procurador-geral da República e dos milhares de professores que diariamente lidam com sérios problemas sociais e educacionais nas escolas de todo o país. “Provavelmente”, Maria de Lurdes Rodrigues não vive neste mundo.
A isto acrescentaria três detalhes:
1. Obviamente que o ME sabe tudo e mais alguma coisa que se possa transformar em informação estatística ou outra, pois tudo está a ser minuciosamente monitorizado, desde informações sobre as famílias dos alunos a todos os detalhes sobre pessoal docente e não docente. São tabelas e tabelas do mais detalhado possível. Aquilo que os CE’s são obrigados a enviar para o Big Brother ministerial chega a ser assustador. Neste momento, quem por lá estiver, tem certamente acesso a todo o meu historial como professor (ou mais), horários, assiduidade, atestados passados e quase que futuros. Por isso, tenho muito cuidadinho em aqui nunca fugir aos factos.
2. Obviamente que chumbaram alunos por faltas e é falso que o Estatuto do Aluno em vigor seja demasiado permissivo em matéria de justificação de faltas. Pelo contrário, as propostas actuais é que irão permitir que em Cebolais de Baixo “acordar tarde” seja justificável, enquanto na Tremoceira de Cima o não é. Ou mesmo em escolas quase contíguas. Tudo em nome da autonomia, claro. Que não passa por aí, mas por outras coisas. Antes, e por mim falo, justificação mesmo, só com documento credível, porque assinaturas dos EE’s em recadinhos, há muito que são falsificáveis.
3. Obviamente que MLR vive neste mundo. Porque se não vivesse, não arcaríamos com as consequências dos seus actos; ou de quem age com em seu nome.
Posted (03.11.2007) by Paulo Guinote under Educação, Imprensa, Leituras, O Vento Mudou?, Palhaçada Mesmo
1. Obviamente que o ME sabe tudo e mais alguma coisa que se possa transformar em informação estatística ou outra, pois tudo está a ser minuciosamente monitorizado, desde informações sobre as famílias dos alunos a todos os detalhes sobre pessoal docente e não docente. São tabelas e tabelas do mais detalhado possível. Aquilo que os CE’s são obrigados a enviar para o Big Brother ministerial chega a ser assustador. Neste momento, quem por lá estiver, tem certamente acesso a todo o meu historial como professor (ou mais), horários, assiduidade, atestados passados e quase que futuros. Por isso, tenho muito cuidadinho em aqui nunca fugir aos factos.
2. Obviamente que chumbaram alunos por faltas e é falso que o Estatuto do Aluno em vigor seja demasiado permissivo em matéria de justificação de faltas. Pelo contrário, as propostas actuais é que irão permitir que em Cebolais de Baixo “acordar tarde” seja justificável, enquanto na Tremoceira de Cima o não é. Ou mesmo em escolas quase contíguas. Tudo em nome da autonomia, claro. Que não passa por aí, mas por outras coisas. Antes, e por mim falo, justificação mesmo, só com documento credível, porque assinaturas dos EE’s em recadinhos, há muito que são falsificáveis.
3. Obviamente que MLR vive neste mundo. Porque se não vivesse, não arcaríamos com as consequências dos seus actos; ou de quem age com em seu nome.
Posted (03.11.2007) by Paulo Guinote under Educação, Imprensa, Leituras, O Vento Mudou?, Palhaçada Mesmo
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