30 janeiro, 2007

Acção sobre Blogues - parte II (continuação)

Embora com poucos participantes e com (novamente...) problemas técnicos com a Internet, lá fizemos a 2ª parte da Acção. Não deu para falar de tudo o que se pretendia, mas na página de apoio à Acção (ver AQUI) deixámos alguns materiais novos e iremos, brevemente, disponibilizar mais coisas...

A parte mais divertida (a descoberta no YouTube de um vídeo muito interessante feito por una alunos nossos...) merece um novo vídeo (em substituição do anterior, que, misteriosamente desapareceu...) em que os personagens são os participantes da actividade.

Prevê-se ainda a reedição da Formação, numa quarta-feira das 15.00 às 18.00, em data a combinar com a Comissão Executiva da Escola.

Portal Cienciapt.NET

Até amanhã, 31 de Janeiro, as Escolas podem subscrever o Portal Cienciapt.NET por apenas 50 Euros por ano.

Extraordinariamente, a Empresa alargou o prazo para dar oportunidade a todos os interessados em ter acesso completo e exclusivo aos seus conteúdos. A partir de 1 de Fevereiro o valor será actualizado para 60 Euros...

Aproveite já! O Blog AstroLeiria recomenda vivamente este serviço...!

Como Subscrever?
- Preencher o formulário por completo (todos os campos são obrigatórios);
2º - Validar o pedido de subscrição;
3º - Na sua caixa de correio electrónico irá receber os seus dados de a
cesso e as formas de pagamento;
4º - Efectuar o pagamento de 50 Euros por transferência banc
ária (NIB 0010 0000 33427240001 11 - utilizando o código fornecido para identificar a sua transferência) ou por cheque (à ordem de CienciaMetrics, enviando por correio para a seguinte morada: Rua Nova do Soares, Ed. Quinta das Pratas, Loja 4 R/C, 2070-110 Cartaxo);
5º - Depois é só introduzir os seus dados de acesso (nome de uti
lizador e palavra-passe) na caixa de acesso em www.cienciapt.net;

Em caso de dúvida contactar através do e-mail vgaspar@cienciapt.net ou da linha telefónica de apoio 243 704 771.

Serviços Incluídos na Subscrição Individual do Portal Cienciapt.NET:

e.Ciência - Revista Electrónica Semanal (PDF)

  • Todas as 5ª's Feiras uma nova edição
  • Mais de 2 anos de edição disponíveis para download (125 Números)
  • Acesso à edição completa (permite copiar imagens e texto, imprimir, extrair páginas e todas outras potencialidades dos PDF's, ...)
  • Edição desta semana dedicada às Cidades e Regiões Digitais



Mundus
- Revista Electrónica Mensal (PDF)

  • Todos os meses uma nova edição
  • Mais de 1 ano de edições disponíveis para download (15 Números)
  • Acesso à edição completa (permite copiar imagens e texto, imprimir, extrair páginas e todas outras potencialidades dos PDF's, ....)
  • Edição deste Mês dedicada à Ciência nos PALOP'S


Serviços Digitais Disponíveis

  • O Diário da Ciência -Newsletter diária de com os destaques noticiosos do dia;
  • O Semanário da Ciência - Aos sábados e domingos todas as notícias da semana;
  • Financiamento e Emprego - As principais oportunidades do mercado;
  • Agenda de eventos - os principais congressos e eventos da sua área científica;
  • O Atlas da Ciência -Directório de unidades de investigação e ensino;
  • Pesquisa Avançada - Encontre todos os conteúdos do portal;
  • Arquivo de Notícias - mais de 3 anos de notícias disponíveis;
  • Serviço de RSS - Todas as notícias do portal disponíveis no seu Feed de RSS;
  • Call for Papers - submeta os seus papers para principais conferências.

29 janeiro, 2007

Acção sobre Blogues - parte II

A parte II da Acção em fotos (em breve publicaremos um texto sobre a Acção, com um vídeo e crítica à mesma...):


Posted by Picasa

24 janeiro, 2007

II Curso a distância Moodle/GEOTIC

1. O Moodle

O Moodle (http://www.moodle.org) é um sistema online de gestão da aprendizagem e de trabalho colaborativo, de utilização livre.

O 2.º Curso de Formação na utilização do Moodle GEOTIC pretende introduzir este sistema de gestão da aprendizagem a educadores ou outros profissionais interessados em usá-lo como plataforma de apoio às aulas presenciais, em actividades de ensino a distância, e/ou de portefólio. O Moodle foi desenhado tendo como modelo orientador uma perspectiva social-construccionista da aprendizagem e será essa a abordagem utilizada neste curso.

O Moodle tem tido um crescimento exponencial nos últimos anos, inclusivamente em Portugal, quer a nível do ensino superior, quer a nível do ensino básico e secundário. A nível de centros de formação, a penetração é também grande.

A unidade de missão do Ministério da Educação responsável pela área das TIC nas Escolas, CRIE, tem dinamizado a oferta Moodle às escolas do país através dos Centros de Competência. Está ainda em fase de pré-projecto um moodle.edu.pt, de cariz nacional, para todas as escolas do país.

No ensino superior, são várias as universidades que optaram pelo Moodle. (Universidade do Algarve, Aberta, Coimbra, Évora, Faculdade de de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Engenharia, Ciências e Medicina da Universidade do Porto, Instituto Politécnico de Setúbal, Leiria, Porto, etc.)


2. O Curso

O 2.º curso de formação de professores na utilização do Moodle resulta de um primeiro trabalho com professores de várias áreas e níveis de ensino, em Fevereiro de 2006. A experiência, bastante positiva, e o feedback recebido dos participantes levaram a uma reedição do curso, que esperamos ir de encontro às expectativas dos participantes.

Objectivos: Desenvolver competências básicas na utilização do Moodle para actividades lectivas (disponibilização de conteúdos, documentos, imagens, vídeos, áudio, animações), realização de tarefas online (fóruns de discussão, chat, entrega de trabalhos online, testes, inquéritos, glossários, texto em colaboração, etc.) e funcionalidades de avaliação (grelha de classificação de trabalhos).

Formadores:
Paulo Legoinha (Departamento de Ciências da Terra da FCTUNL)

João Fernandes (FCTUNL - Equipa de administração do Moodle@FCTUNL)

Hugo Domingos (FCTUNL - Administrador do site do projecto Ciência na Escola)


Modo de Funcionamento: O curso baseia-se em estudo e realização de tarefas online através do acesso a uma página de trabalho na plataforma Moodle@FCTUNL (com apoio e supervisão dos formadores). Cada formando terá também a sua página de trabalho individual onde poderá desenhar o seu próprio "curso" à medida que for aprendendo a trabalhar com as várias funcionalidades do Moodle na formação. O curso decorre durante 10 dias, podendo os formandos gerir o seu tempo de aprendizagem e de realização das tarefas, tendo sempre disponível o acesso à plataforma de aprendizagem e o apoio dos formadores em modo síncrono e/ou assíncrono. Os formandos poderão continuar a utilizar o sistema após o curso.


Pré-requisitos: Computador com ligação à Internet (de preferência de velocidade igual ou superior a 128 Mbps) e conta de e-mail.


Datas da Formação: 26 de Fevereiro a 8 de Março de 2007

PRÉ-INSCRIÇÃO (até 8 de Fevereiro)

Os eventuais interessados devem efectuar a pré-inscrição até 8 de Fevereiro. Serão depois contactados por e-mail pelos formadores.


INSCRIÇÃO E MODALIDADE DE PAGAMENTO (até 16 de Fevereiro)

Após recepção da segunda circular, confirmando a pré-inscrição, tem a hipótese de fazer o pagamento do curso da seguinte forma:

  1. Por transferência bancária, 35 euros para o NIB 003502980000259893091 , indicando no campo informações o seu e-mail antes da @
  2. Por correio, enviando cheque à ordem de GEOTIC no valor de 35 euros.
Morada para envio do cheque:

GEOTIC /SGP (ao c/ de Prof. Paulo Legoinha)
Departamento de Ciências da Terra
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Quinta da Torre
2829-516 CAPARICA

Para qualquer informação ou esclarecimento adicional contacte João Fernandes (jpsf@fct.unl.pt) ou Paulo Legoinha (pal@fct.unl.pt)

20 janeiro, 2007

Acção sobre Blogues - conclusão

Utilização de Blogues como ferramenta de trabalho em Contexto Escolar - II



Realizou-se no dia 22.11.2006, das 14.15 às 16.15 horas, na Sala da Internet da Escola Correia Mateus, uma mini-formação sobre Blogues. Com a presença de 24 pessoas (um bocadinho exagerado o número, mas o interesse da malta era tanto que...) decorreu com alguns sobressaltos iniciais (o videoprojector dava uma imagem pequena e o portátil de substituição crashou...). No entanto toda a gente saiu dali a saber fazer um blogue e a modificá-lo, embora precisasse de mais uma hora para os pormenores que qualquer blogger gosta de aprender (os pormenores que podem tornar único um determinado Blogue...).

Assim, em 24.01.2007 (4ª-feira), das 14.30 às 16.00 horas, na Sala da Internet, decorrerá a continuação da Acção, só para quem fez a primeira sessão, devendo desta vez cada um ter um e-mail do GMAIL.

Actividades: Workshop para professores sobre aprofundamento de conhecimentos sobre a utilização em contexto escolar dos Blogues da Blogger na divulgação científica, no uso com turmas e na sua adaptação ao uso local escolar. Será agora dada ênfase à colocação on-line de documentos, modificação de Blogues (cores, imagens, tipos de letras, gadgets, links, etc.) e à utilização de outras ferramentas da Google que o e-mail da GMAIL dá acesso (construção de sites da Internet com o Googlepages, Agenda, etc.).

Formador: Fernando João Fernandes Oliveira Martins.

Organização: Equipa TIC da Escola, Departamento de Ciências Físicas e Naturais e Blog Geopedrados.

Inscrições: Na folha presente na Sala dos Professores da Escola Correia Mateus, por e-mail (fernando.oliveira.martins@gmail.com) ou Fax (244 854 019), indicando Nome, Grupo Disciplinar, e-mail (da GMAIL…) e Escola onde lecciona.

O site que serviu de suporte à primeira sessão da Acção continuará a servir de apoio, em:
http://blogues.correiamateus.googlepages.com/home

NOTA: Em data oportuna será divulgada a 2ª Sessão da Acção, para quem não pode vir às duas primeiras...

18 janeiro, 2007

Astronomia na Lousã

Lousã: Semana da Ciência e da Tecnologia convida a passeio guiado pelos céus
Iniciativa decorre até sábado
17.01.2007 - 21h00 Lusa

Um passeio guiado pelos céus e suas constelações, através de telescópios de grande porte, é uma das propostas da III Semana da Ciência e da Tecnologia, que decorre até sábado na Lousã.

Organizado pela Câmara Municipal da Lousã, o certame integra um conjunto variado de actividades no parque municipal de exposições e de acções nas escolas, que visam promover e difundir a cultura científica e tecnológica junto do público.

Para sábado à noite, na Praceta Sá Carneiro, o programa convida os interessados para um passeio guiado pelos céus e suas constelações.

Orientada por técnicos do Astroemir - Observatório Astronómico de Mira e da Orion - Sociedade Científica de Astronomia do Minho, esta sessão de observação nocturna é possível graças ao recurso a telescópios de grande porte, com dois metros de altura e 45 centímetros de espelho.


Iniciativa "Shuttle a fundo"

Segundo o programa da III Semana da Ciência e da Tecnologia, para sábado à tarde está prevista uma sessão multimédia intitulada "Shuttle a fundo", que mostra o funcionamento desta nave, os seus equipamentos e a vivência a bordo.

Com início amanhã, o ciclo de actividades no parque municipal de exposições da Lousã compreende ainda, entre outras acções, uma mostra de automação industrial, pela Escola Tecnológica e Profissional de Sicó, sessões do Planetário Orion, iniciativas do domínio da informática e robótica e uma mostra de bonecos interactivos que reproduzem leis físicas seleccionadas.

A III Semana da Ciência e da Tecnologia arrancou anteontem com um ciclo de conferências, encontros e seminários nas escolas do concelho.

in Público - ver notícia
Informação no site da CML - aqui

13 janeiro, 2007

Cometa 2006/P1 McNaugth

Após vários dias (e locais) a tentar observar este cometa, finalmente consegui vê-lo!
E que visão...
Até quando estive no Porto, na praia da madalena (com o oeste bem desimpedido), as nuvens impediram sempre a sua observação.
Ontem, na companhia do Carlos Reis, lá nos encontrámos na Srª do Monte por volta das 17h30m mas...
... que cenário negro! Nuvens baixas no horizonte. Apenas uma pequena faixa de céu sem nuvens. Bom, com a experiência do Carlos (e a sua influência junto de Zeus e das Ninfas Nefelai) lá conseguimos uma aberta e este boneco...

Que maravilha! Em pleno dia, observar um cometa tão brilhante e com uma cauda imensa.
Entretanto, também o Fernando Martins apareceu e se deliciou com esta visão incrível.

© Carlos Reis & João Cruz

Orion 80mm ED + Canon 350 D
ISO 100, 2 seg - sem processamento

JC

12 janeiro, 2007

Cometa C/2006 P1 McNaught


Se olharem com atenção para poente vão ver um espectáculo raro: um cometa visível a olho nu (que saudades do Hale-Bopp, de 1997...). Trata-se do Cometa C/2006 P1 McNaught, que será visível apenas nos próximos dias.

Aqui fica uma carta celeste com a variação da sua posição (notação dos dias à americana...):


NOTA: Fui hoje, ao pôr-do-sol, à Senhora do Monte (logo depois das Antenas) e pude, por acaso, ver com o Carlos Reis e João Cruz, o cometa, pelos binóculos que um me emprestou... Está magnífico! Amanhã, se o céu estiver descoberto para poente, às 17.45 lá estarei outra vez.

07 janeiro, 2007

A Formação dos Professores e a Ministra da Educação

Quando a actual Ministra da Educação começou a trabalhar (ou lá o que ela faz...) disse muitas coisas sobre os professores, algumas das quais não podemos repetir aqui porque não gostamos de insultos. Mas também teve atitudes correctas e corajosas, nomeadamente quando decidiu apoiar Acções sobre Ensino Experimental de Ciências para professores e quando, no novo Estatuto da Carreira Docente (ECD), decidiu que cada docente fizesse pelo menos 50% de formação na sua área específica.

Acabava-se assim a balda das Acções de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) vulgarmente conhecidas por Acções de Informática, em alguns professores estavam viciados, em que muitos nada aprendiam ou, se aprendiam, nada se via mudar na forma de encarar as TIC. Deste modo, o ano passado dei, como Formador de Professores, uma Acção intitulada "Introdução ao Ensino Experimental de Astronomia nos Ensinos Básico e Secundário", em Leiria, com bastantes interessados e bastante sucesso. De tal maneira que o Centro de Formação de Leiria me convidou para preparar 4 novas Acções (e dar a que já tinha dado de Astronomia novamente) no ano de 2007. Acreditando eu que a Ministra iria cumprir aquilo que pediu aos professores (que fizessem formação na sua área científica...) comecei a trabalhar na planificação de 4 novas Acções, a saber:
  • Introdução ao Ensino Experimental de Astronomia no 1º Ciclo
  • Ensino experimental de Geologia no 1º Ciclo do Ensino Básico
  • Ensino experimental de Geologia no 3º CEB e Ensino Secundário
  • A realização de Actividades Desportivas de ar livre em contexto escolar e as Ciências do Ambiente
Deu-me algum trabalho preparar estas Acções, ler textos, procurar bibliografias, tentar combinar com outros formadores para darem partes das Acções, mas consegui. Inclusive, todas já estão creditadas pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, mas agora que era tempo de estas começarem a ser divulgadas, descobri que este ano não é preciso fazer formação nestas áreas e que não irei dar formação a professores este ano...

Assim, este ano, segundo a douta opinião da S.ª Ex.cia a Ministra da Educação, o que os professores precisam agora é de formação em TIC e em Bibliotecas Escolares. É curioso é que isto aconteça no momento em que entra em vigor o novo ECD, que no seu artigo 45º condiciona a avaliação do docente à participação em "acções de formação contínua que incidam sobre conteúdos de natureza científico-didáctica com estreita ligação à matéria curricular que lecciona".

É uma pena que tenhamos uma Ministra da Educação que anda a brincar às casinhas, que hoje diz uma coisa, logo a seguir pensa outra e depois é capaz de fazer tudo ao contrário - e os fantásticos Secretários de Estado que a acompanham no ministério não lhe ficam muito atrás...

E assim vai a Educação, a Escola, o Ensino de Ciências e a Formação em Portugal...!

Imagem retirado do Blog anterozóide

05 janeiro, 2007

Lagos em Titã

Do Blog Rastos de Luz publicamos o seguinte post:


Esta imagem obtida durante o verão, pela sonda Cassini, apresenta-nos o que parecem ser lagos em Titã. Não serão lagos de água líquida, como na Terra, mas sim de metano e etano. Apesar disso, terão a mesma imagem visual de um lago na Terra, com água transparente. De acordo com as teorias existentes, a evaporação do material destes lagos poderá ser uma das fontes de alimentação da atmosfera de Titã.

Crédito da imagem: NASA/JPL/USGS

04 janeiro, 2007

Convite para Observação com Astrofotografia

Recebemos a seguinte carta, que passamos a divulgar:


Caros professores,

Espero que tenham tido uma excelente entrada em 2007 e faço votos para que tenham um óptimo ano.
Envio-vos o calendário das observações com o telescópio Ironwood para Janeiro. Quem tiver oportunidade de observar, é só avisar-me a data escolhida para que eu possa reservar a sessão - depois, é planear o evento.

Um abraço,

Maria Luísa Teixeira de Almeida - PT-HOU

Caros colegas: os espaços vazios estão disponíveis - os interessados devem mandar um e-mail para: euhoupt@eu-hou.net, dizendo as horas e dias em que estão interessados...

Titã poderá ter lagos de metano

Afinal, pode mesmo haver lagos de metano líquido em Titã
Observações no Hemisfério Norte
04.01.2007 - 11h24 Teresa Firmino



A primeira aproximação da sonda Cassini à lua Titã, em Outubro de 2004, lançou um balde de água fria na Terra. Não havia sinais dos famosos lagos de metano ou do oceano global que toda a gente especulava existirem na maior lua de Saturno. Mas novas observações, em Julho de 2006, acabaram por descobrir lagos no hemisfério norte de Titã, anuncia-se hoje na revista Nature.

Os lagos não são de água, como na Terra. São de metano, o segundo elemento mais abundante na atmosfera de Titã e uma das poucas moléculas que pode ser líquida à superfície de Titã, onde a temperatura é de 180 graus Celsius negativos.

À primeira vista, parece não haver semelhanças entre a Terra e Titã. Mas há. A atmosfera primitiva da Terra terá sido como a de Titã, onde o azoto é o principal elemento, como ainda é no nosso planeta. E ambas possuem um ciclo "hidrológico"; o da Terra é com água e o de Titã com metano.

O grande mistério é saber de onde vem o metano que continua a reabastecer a atmosfera de Titã, ao ponto de originar brumas tão densas que pouco deixam ver da sua superfície a quem esteja na Terra.

Confrontaram-se duas hipóteses. Ou vem de uma fonte à superfície, como um oceano ou lagos. Ou do subsolo, através de vulcões de gelo ou de fracturas causadas por meteoritos. Caso contrário, ao longo dos 4500 milhões de anos de existência de Titã, já o metano teria sido tudo todo destruído e agora não haveria nenhum na atmosfera. Nem etano, resultante da destruição pela luz solar do metano.

Quando o módulo europeu Huygens (levado até ao sistema de Saturno pela Cassini, dos EUA) atravessou a atmosfera de Titã e pousou na sua superfície, em Janeiro de 2005, a paisagem circundante mostrava sinais de um ciclo de metano. Viam-se uma linha de costa e canais sinuosos.

Outros dados desta missão trouxeram mais revelações: está quase sempre a chuviscar metano durante metade do ano em Titã (que dura 29,5 anos terrestres), há nuvens em ambos os hemisférios e pode cair neve de etano nos pólos.

Mas o oceano ou os lagos de metano não apareceram, o que punha de lado a hipótese mais popular e a que mais aproximava Titã da Terra. Portanto, o metano viria do interior da lua, como sugeria a primeira aproximação da Cassini a Titã, quando ficou a 1174 quilómetros da superfície, ainda antes da travessia da Huygens .

Agora, a equipa de Ellen Stofan, da University College de Londres, volta a baralhar tudo, com base nas observações de radar da Cassini em 22 de Julho de 2006. É caso para abrir a garrafa de champanhe, diz Christophe Sotin, da Universidade de Nantes (França), num comentário, também na Nature.

Viram-se mais de 75 manchas escuras, entre os três e os 70 quilómetros, numa região onde se espera que o metano e o etano líquidos sejam abundantes e estáveis à superfície. "É a primeira prova definitiva da presença de lagos na superfície de Titã", escreve a equipa.

Algumas manchas estão associadas a canais, o que leva a equipa a dizer que as imagens obtidas mostram lagos. Outras são redondinhas, como se fossem crateras de meteoritos ou caldeiras vulcânicas com líquido. "Alguns lagos não enchem por completo a depressão, e aparentemente há depressões secas. A interpretação que fazemos é que há lagos num em vários estados, incluindo parcialmente secos e repletos de líquido", explica a equipa.

"Manchas escuras como estas são características de superfícies lisas. Infere-se a sua natureza líquida pela presença dos canais que conduzem até elas, o que parece indicar que os rios fornecem pelo menos parte do líquido", explica também Sotin no comentário. "Embora não se possa determinar a composição do líquido pelas observações por radar, o metano é o único candidato plausível: é das poucas moléculas que pode ser líquida com as condições existentes na superfície de Titã."

Os lagos encontraram-se só no hemisfério norte (em latitudes elevadas), onde agora é Inverno e o Verão chegará daqui a 13 anos. Para Sotin, esse facto pode indicar que os lagos aumentam no Inverno de Titã e encolhem no Verão, com a evaporação.

Para a semana (dia 13), a Cassini aproximar-se-á de novo a Titã. Que outras surpresas trará no Ano Novo?

in Público (notícia aqui)

Alterações climáticas e destruição de civilizações

Dinastia Tang e Civilização Maia terão sido vítimas de uma alteração climática
Investigação publicada na revista “Nature”
03.01.2007 - 19h52 AFP


O declínio da dinastia Tang (618-906), uma das mais importantes da história da China, e da Civilização Maia, na América Central, poderá residir em alterações nas monções na Ásia, revela um estudo internacional publicado na revista “Nature” amanhã nas bancas.

A investigação foi coordenada por Gerald Haug, do Centro de Investigação sobre a Terra (GeoforschungsZentrum), em Potsdam (Alemanha).

Os cientistas avançam que o declínio destas duas grandes culturas coincide com modificações do ciclo climático entre o ano 700 e o ano 900 da nossa Era.

A seca provocada por alterações no regime das chuvas, com a catastrófica redução das colheitas agrícolas, e um empobrecimento quase geral, poderão explicar as profundas tensões que levaram ao desaparecimento daquelas sociedades.

Os investigadores baseiam a sua conclusão na análise de sedimentos do lago Huguang Maar, no Sudeste da China. As propriedades magnéticas e o seu teor em titânio, explicam, fornecem indicações sobre a intensidade das monções na Ásia oriental. Estes ventos periódicos sopram no Inverno para o mar (monção seca) e no Verão para a Terra (monção húmida).

Gerald Haug e os seus colegas chineses e norte-americanos constataram que, ao longo dos últimos 16 mil anos, existiram três períodos onde a monção de Inverno foi forte e o clima seco na China, nomeadamente aquando do declínio da dinastia Tang, célebre pelas suas artes e trocas comerciais com a Índia e o Médio Oriente.

Aos olhos dos investigadores, as variações na cintura de chuvas tropicais poderão ter sido globais e explicar assim, ainda que parcialmente, o fim da era clássica Maia (250-900) no actual México e na Guatemala. Conhecida pelas suas cidades-Estado, a sua escrita hieroglífica, as suas artes decorativas, o seu calendário solar de 365 dias e as pirâmides, esta grande civilização desapareceu bruscamente.

in Público (notícia aqui)

03 janeiro, 2007

Chuva de Estrelas desta noite...!


Esta noite ocorre um fenómeno interessante (é pena é a Lua esta cheia, o que impede a sua melhor observação...). Assim, a partir de uma hora depois do pôr do Sol e durante a noite, olhando para o céu, numa constelação chamada Boieiro (Bootes) poderás ver restos de um cometa a caírem (e a arderem na atmosfera terrestre). Isto acontece todos os anos, na noite de 3 de Janeiro, pois a Terra todos os anos passa no local onde o cometa deixou as suas poeiras... A partir das 10.00 horas de 03.01.2007 poder-se-á ver bem o fenómeno, sendo o seu máximo às 00.30 horas da manhã de 04.01.2007, olhando nas direcções Norte e Este. Para mais dúvidas e facilitar a observação, publico dois mapas do céu, onde está marcado o local a partir do qual parecem vir as estrelas cadentes (o chamado radiante)...


Mais informação em:
O Observatório
Rastos de Luz

01 janeiro, 2007

Nada está escrito!

Do Blog Sorumbático, com a devida vénia, retirámos o seguinte post, de autoria de Nuno Crato, subscrevendo de cruz o que nele está dito.


É UMA DAS FRASES MARCANTES da história do cinema — «Nada está escrito!», afirma Peter O’Toole. A frase cala fundo porque Lawrence da Arábia vence sucessivos obstáculos que pareciam inultrapassáveis, e vence-os por pura força de vontade. É ele que escreve a História. Ou assim o parece. Mas há obviamente coisas escritas e, tal como relembra o crítico Reel Reubenstein, a prová-lo está precisamente essa frase, escrita pelo argumentista Robert Bolt e colocada por ele na boca de T. E. Lawrence.

Parece estar escrito que 2007 não será um bom ano. Os grandes conflitos não prefiguram evolução rápida. Do Iraque, de Israel e da Palestina, da Coreia do Norte e do Irão não parecem vir bons sinais. A economia internacional dá sinais de melhoras, mas não tão fortes que Portugal possa esperar um impulso energético do exterior. A contenção económica veio para ficar. As injecções financeiras foram reduzidas e estão limitadas a algumas áreas transitórias. Pode haver fundos para projectos de investigação, mas há menos para laboratórios e universidades. Pode haver dinheiro para algumas infra-estruturas, mas há menos para a construção e para o investimento. O tecido económico interno continua pouco dinâmico.

Mas o futuro não está ainda escrito e há mudanças ao nosso alcance. Uma área em que isso acontece, e uma área decisiva, é a educação. Depois de um ano em que se avançaram algumas reformas, parece continuar a pairar sobre todos o rescaldo de um conflito entre ministério e professores — um conflito que nada de positivo traz. Há quem tenha a ilusão, e há máquinas de propaganda que parecem alimentar conscientemente essa ilusão, de que para resolver os problemas do ensino é necessário quebrar a classe dos professores. Seriam estes os principais responsáveis pelas insuficiências da nossa escola.

Esta visão, contudo, não só está mal direccionada, como ofusca os problemas essenciais. É verdade que há problemas vários do ensino. É verdade que eles foram ocultados durante muitos anos. E é verdade que isso foi possível pela ausência de responsabilização dos agentes do ensino — entre eles os professores. Mas a ausência de responsabilização deriva da ausência de avaliação; e essa lacuna é da responsabilidade do ministério, ou dos sucessivos ministérios. A avaliação externa e independente tem estado arredada do ensino. E a avaliação de base é a dos estudantes. Sem avaliar o progresso dos alunos não se pode avaliar o trabalho dos professores, nem das escolas, nem dos ministros.

Até há dois anos, no entanto, os estudantes concluíam todo o ensino obrigatório sem um único exame externo. A situação mudou em 2005, com a introdução dos exames de 9º ano em Português e Matemática — exames que foram mantidos em 2006 e que parecem ter vindo para ficar. Mas são apenas dois exames e apenas no término do Ensino Básico. Não há avaliação externa noutras disciplinas. Não há exames em anos intermédios. Introduzir estes outros momentos de avaliação não depende dos professores nem alimenta nenhuma guerrilha com estes agentes essenciais do ensino. De que se está à espera?

No final do Ensino Secundário encontra-se panorama equivalente. Há poucas provas finais e acabam de ser eliminadas algumas, tais como os exames de Filosofia — outra matéria fulcral. Nos cursos tecnológicos foram abolidos por completo os exames. Muitos dos estudantes que hoje obtêm um diploma do Ensino Secundário fazem-nos sem nunca terem feito um exame nacional. Como se permite que isso continue a acontecer?

Para além da avaliação imediata dos estudantes, para além da carreira dos professores e da sua avaliação e promoção, há duas outras medidas que podem vir a decidir o futuro da educação. A primeira é o recrutamento de professores, a sua entrada na carreira, que vai passar a incluir um exame e não a ser feita unicamente com base na nota final de curso. É uma mudança muito positiva e que pode vir a alterar, para melhor, não só a selecção como toda a formação inicial de professores. Com isso, pode-se melhorar o que finalmente importa e que é, evidentemente, o ensino.

Para que esta medida seja eficaz, no entanto, é necessário que este exame de entrada na profissão incida sobre as matérias que o candidato a professor se propõe leccionar. Se isso não acontecer, se as componentes pedagógicas e didácticas tiverem um peso excessivo, propagar-se-ão precisamente os erros que a dogmática doutrina pedagógica dominante em Portugal tem vindo a introduzir no ensino, com as consequências dramáticas que conhecemos. O essencial são os conteúdos programáticos. Nunca ninguém ensinou o que não sabe. Mas sempre houve quem ensinasse — e ensinasse bem — sem precisar de se afogar durante anos nos estudos de pedagogia e de didáctica.

A segunda medida decisiva é a própria formação de docentes. Com as adaptações ao projecto de Bolonha, prefigura-se que a formação de futuros professores seja feita em duas etapas. A primeira, centrada nos conteúdos curriculares. A segunda, na arte de ensinar. A primeira corresponde, na terminologia de Bolonha, ao primeiro ciclo universitário — algo entre a actual licenciatura e os bacharelatos. A segunda corresponde, de acordo com a mesma tipologia, ao segundo ciclo — algo entre as actuais pós-graduações e os mestrados. Fazer com que os candidatos a professores aprendam durante três anos as matérias que se propõem leccionar, mas que depois passem dois anos a esquecê-las e a serem formados em pedagogia e didáctica poderá ser um erro gravíssimo, que viremos a pagar na próxima década.

As carreiras da docência estão praticamente fechadas. Inelutáveis tendências demográficas têm obrigado a uma redução do número de estudantes que entram nas nossas escolas. O insucesso escolar no ensino obrigatório, no secundário e no superior agravam a redução de alunos e o correlativo excedente de candidatos a professores. Poderia parecer que neste momento nada interessa, a não ser esperar. Mas é em alturas como esta que as decisões são urgentes e menos dolorosas. O que em 2007 for decidido pode ditar o que serão os professores e o que será o ensino nos próximos dez a vinte anos. O que o ensino for daqui a dez ou vinte anos ditará o que será o país daqui a vinte ou trinta. Nada está escrito.

Texto do Sorumbático aqui (Adaptado do Expresso)

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